16 abril 2009

15/04/09 10;36
(Parte 03)
"Unção Divina para Ministrar a Palavra"
"Lábios ungidos"
Deus permita que tenhamos não apenas uma vida ungida, mas também lábios ungidos, para podermos fazer proclamações poderosas, seja para uma só pessoa, seja para pequenos grupos, seja no púlpito!
Primeiro, devemos cultivar e comunicar profunda admiração e reverência pela Palavra de Deus. A Escritura fala sobre aqueles que tremem diante da Palavra de Deus (Is 66.5). Estou cada vez mais comovida com a imensa responsabilidade que é levar a Palavra de Deus em minhas mãos, manejar a Palavra de Deus, introduzir a Palavra de Deus em vidas alheias. Dizia Agostinho: “Quando a Escritura fala, Deus fala”. Precisamos cultivar esse tipo de reverência com temor pelas palavras de Deus em comparação com as nossas próprias palavras. O simples fato de que Deus pode falar por nosso intermédio deveria nos constranger! Se nos constrange, com certeza há de comover os que nos ouvem. Não podemos esperar que as verdades proclamadas impactem mais os ouvintes do que já impactaram nosso próprio coração.
Segundo, precisamos confiar plenamente no poder da Palavra de Deus, no poder da verdade. Jesus disse: “As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6.63). Não são nossas palavras que transmitem vida. Existe uma forte tendência, em nossa cultura consumista, de confiar em dons naturais e de aplaudir nos outros os talentos e habilidades que possuem – como capacidade de comunicação, oratória, criatividade, inovação, uso de tecnologia avançada (apresentações PowerPoint). Não sou contra nada disso, mas devemos ter em mente que são apenas ferramentas, inúteis, vazias, enfadonhas e ocas se forem desvinculadas da confiança na Palavra de Deus e no seu poder.
Não subestime o poder da verdade nua e crua para trazer vida. Foi a Palavra de Deus que criou o mundo, e é ela que o sustenta. É a Palavra de Deus que cura, que convence, que converte e que santifica. Penso que hoje, talvez por não conhecermos tanto Deus ou sua Palavra, estamos muito propensos a confiar no braço da carne. Confiamos mais na embalagem, nas palavras agradáveis, do que na proclamação do poder da Palavra. Ela é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes. É capaz de penetrar os corações e dividir alma e espírito, juntas e medulas (Hb 4.12). Expõe os corações de homens e mulheres. Confie no poder da Palavra de Deus e de sua verdade.
Quando me levanto para pregar a Palavra de Deus às mulheres, às vezes sinto-me tomada pela sensação de incapacidade e fraqueza. Digo: “Oh Senhor, eu sou barro. Pães e peixes são o máximo que tenho para te oferecer, mas toma tua Palavra e faze com que ela penetre o coração do teu povo”.
Eu creio firmemente no poder da Palavra de Deus para mudar vidas. Todo dia recebo mensagens de pessoas que ouviram nosso programa de rádio e que abrem o coração e partilham coisas que não teriam falado aos amigos mais íntimos, nem ao pastor ou a algum membro da família. Se eu não acreditasse no poder da verdade para fazer novas todas as coisas, para corrigir o que está errado, para endireitar o que está torto, iria procurar uma outra vocação. É a Palavra de Deus que tem poder para mudar vidas. A Palavra de Deus é como fogo, como martelo que esmigalha a pedra (Jr 20.9; 23.29).
Terceiro, se quisermos lábios ungidos, devemos constante, ininterrupta, consciente e intencionalmente encaminhar as pessoas a Cristo e à cruz. Paulo disse: ”Não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, Senhor. Quanto a nós mesmos, apresentamo-nos como vossos servos” (2 Co 4.5). “Pois decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele é o poder de Deus para a salvação, para a santificação, para a redenção (1 Co 1.30). Ele é o princípio e o fim, o Alfa e o Ômega, e tudo o que vem depois do princípio e antes do fim (Ap 1.8). Toda a Bíblia aponta para Jesus.
Uma grande alegria (e um desafio) em meu ministério junto às mulheres é encontrar Cristo em cada página das Escrituras. Estou sempre procurando por ele e pelo Evangelho. E é uma experiência estimulante encontrá-lo e ser capaz de oferecê-lo e o Evangelho às pessoas, não importa que assunto esteja ensinando.
Charles Spurgeon, ao falar sobre o terremoto sobrenatural que ocorreu logo após a morte de Cristo, comentou: “Perguntamos a nós mesmos: como vamos abalar o mundo? Os apóstolos nunca fizeram essa pergunta. Eles tinham plena confiança no Evangelho que pregavam. Sabiam que podiam abalar o mundo pela simples pregação do Evangelho. Eu suplico que tenham a mesma confiança hoje”. Não precisamos de nenhuma mensagem nova para impactar o mundo hoje; basta-nos a velha história de Jesus e de seu amor.
CONTINUA ...

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