17 fevereiro 2009

Ulitmas Notícias

17/02/09 - 09:04
"Morte na igreja"
Menina de dez anos leva descarga fatal de microfone enquanto ensaiava com coral infantil em templo da Assembléia de Deus.


Foi enterrada ontem, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (PE), o corpo da menina Damares Pereira da Silva, de 10 anos. Ela morreu no sábado, por volta das 14h30, eletrocutada por um microfone enquanto ensaiava no coral infantil da Igreja Assembleia de Deus da Avenida Luiza Medeiros. O grupo iria se apresentar mais tarde em um culto em outra congregação. Ao pegar o microfone, a criança recebeu uma forte descarga, que provocou parada cardíaca. Levada às pressas ao Centro de Especialidades Médicas de Camaragibe, ela não resistiu e morreu antes de dar entrada na unidade. No laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), a causa do óbito foi registrada como “asfixia por broncoaspiração.” O delegado plantonista, Julius César da Costa Lira, responsável pelas primeiras investigações do caso, disse que, segundo testemunhas, a criança chegou a falar para a mãe que o microfone estava “dando choque”. “A partir daquele momento, a menina começou a passar mal”, diz o policial. A polícia vai averiguar se houve negligência da igreja na instalação do sistema de som, já que há informações de que o problema vinha ocorrendo há algum tempo. “Vamos ver se houve negligência, imprudência ou falta de cuidado na instalação elétrica que possa ter causado a morte da criança”, informa Lira. Se for comprovado que o choque provocou a morte da menina, o responsável pela igreja poderá ser indiciado por homicídio culposo, aquele que é cometido sem intenção de matar. A direção da Assembleia de Deus não quis se manifestar sobre o ocorrido. O velório foi realizado no próprio templo da igreja. Parentes da menina, membros da congregação e moradores da localidade lotaram o espaço para levar solidariedade à família, que, muito abalada, não deu entrevistas. O clima era de resignação. “É um momento de muita tristeza para todos nós. Mas sabemos que foi Deus quem decidiu que era a hora dela e resolveu levá-la”, declarou um tio de Damares, que pediu para não ser identificado.

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