06 fevereiro 2009

“O CAMINHO PARA A PRESENÇA DE DEUS”

Seção Um
“DEUS NO TEMPO DE SECA.”


A experiência do deserto é diferente para cada pessoa. Os eventos e as circunstâncias da vida vão variar. Você pode desejar ardentemente um relacionamento mais profundo com o Senhor e, mesmo assim, ter de lutar para encontrar a presença de Deus. Possivelmente você se sente frustrado quando busca a direção de Deus. Talvez tenha orado, e o silêncio foi a única resposta.
O patriarca de um dos mais antigos livros do Antigo Testamento, Jó, teve uma experiência assim. Seu mundo desmoronou – sua riqueza desapareceu, seus filhos e filhas foram repentinamente mortos, e ele, afligido por uma enfermidade física. Apesar disso, durante todas as provações, Jó permaneceu fiel ao Senhor e confiante nele. Em meio à dúvida e frustração, ele clamava: “Se tão-somente eu soubesse onde encontrá-lo e como ir a sua habitação! Eu lhe apresentaria a minha causa e encheria minha boca de argumentos. Estudaria o que Ele me respondesse e analisaria o que me dissesse” (Jó.23.3-5). Ele sabia que Deus estava no comando de sua vida, mesmo que por um tempo ele sentisse que o Senhor o evitava e o céu estivesse silencioso.
Você pode pode estar enfrentando circunstancias que levantam muitas questões em sua mente, fazendo-o defender seu caso face a face com Deus. Esse tempo de seca é uma oportunidade perfeita para conversas íntimas com o Pai. É nesse período que ficamos mais receptivos ao conselho e à orientação divinas. É nessas horas sedentas que nosso espírito sedento anseia pelas águas restauradora, refrescante e viva que somente Ele pode dar.
Vez por outra, todo cristão passa por uma experiência no deserto. Não é a ocasião de buscar a mão de Deus, mas seu coração. Buscar o coração de Deus produz caráter e força. O tempo que passamos no deserto nos prepara para a terra prometida, contudo, quando estamos no meio do deserto, muitas vezes somos tentados a nos sentir desencorajados, especialmente quando nos falta entendimento.
A experiência do deserto é planejada para nos treinar e nos preparar para uma nova ação do Espírito de Deus em nossa vida – para permitir que entremos na experiência com sabedoria e com um coração voltado a Deus. Se entrarmos nela com a atitude errada ou simplesmente procurarmos uma rota de fuga, provavelmente experimentaremos sofrimento, frustração e até derrota. É importante compreendermos o propósito de Deus para o tempo de seca.
Erroneamente, os filhos de Israel acreditaram que o deserto era uma punição de Deus, então eles murmuravam constantemente, queixavam-se e cobiçavam o que consideravam que precisavam. Quando chegou a hora de deixarem o deserto e conquistar a terra prometida, os relatórios malignos dos murmuradores e queixosos fizeram co que recusassem. Quando tiveram de escolher entre as promessas e a capacidade de Deus e as percepções e a incompetência do homem, eles escolheram acreditar mais no homem do que em Deus. Eles não conheciam a natureza nem o leite e mel. Por isso, Deus disse: “O.K., será como vocês acreditam”. Eles poderiam ter passado um breve tempo no deserto, em vez de gastar uma vida inteira.
Se abraçarmos esse tempo seco com alegria, o Senhor nos proverá de força para nossa jornada ruma à maturidade. Como Tiago escreveu: “Pois vocês sabem que a prova da fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, afim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma” (Tg 1.3-4).
Durante os próximos cinco dias, viajaremos através de algumas dessas experiência no deserto.
O caminho para a presença de Deus é uma jornada – que implica mudança e disposição para crescer e aprender. Não deixe que nenhuma barreira o afaste de conhecer o Senhor intimamente.

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